quarta-feira, 4 de abril de 2012

Luta entre o Bem e o Mal

Quero estudar com você Efésios capítulo seis, versículo 12: “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”. Perceba que nesse verso o apóstolo Paulo menciona forças espirituais com as quais o cristão tem de lutar. São forças do mal empenhadas numa cósmica luta contra as forças do bem. No que respeita a nós homens, elas trabalham para nos enganar, para nos arruinar espiritual e fisicamente, para nos levar à perdição eterna. Há muitos e muitos anos, tantos quanto o número de estrelas no céu, o paraíso celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes de justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o Dia do Juízo Final. A Batalha do Apocalipse é um livro que complica as categorias dentro da literatura. À primeira vista, parece ser um livro religioso, pois apocalipse, lembra religião. Mas não é. Ao olhar a capa, lembramos de livros de auto-ajuda, pois criaturas aladas estão associadas às capas desses livros. Mas não é auto-ajuda. Ao passar pelo primeiro capítulo, você pensa que é um livro da J. K. Rowling ao algum mestre da literatura mágica. Bom, esse raciocício está correto, mas o melhor de tudo é que A Batalha do Apocalipse é brasileiro.Brasileiro, literatura e das boas. Na história de Eduardo Spohr, conhecemos o caráter dos anjos. E eles não são aqueles seres bondosos que aprendemos nas aulas de catequese. O Arcanjo Miguel, é o governante celeste, pois Deus está “dormindo” desde o término da criação e ele odeia a raça humana, ou os “bonecos de barro” como prefere dizer. A história é claro, tem um outro lado. Nem tudo é só tirania no céu. O general Ablon tenta uma insurreição contra Miguel, contando com o apoio de ninguém menos que Lúcifer. Nem é preciso dizer que o levante não deu certo. O Arcanjo maligno expôs os planos de Ablon, que culminou com a sua expulsão do céu, junto com mais dezoito renegados. É a partir da expulsão que o livro se torna mais interessante. Pois conta a história do general renegado ao longo da história da terra. Desde Babel (da torre de Babel) até a China passando, é claro, por Jesus Cristo. Ablon encontra em Babel, Shamira, uma feiticeira que vai acompanhá-lo para sempre, mesmo à distância. Tornando o anjo cada vez mais sucetível às emoções terrenas. Como ser errante que é, ele desbrava a China dos espíritos antigos, Roma, a capital do mundo, Constantinopla e o Rio de Janeiro atual. Uma viagem literária e histórica. Feiticeiros, espíritos chineses, fadas, anjos e duendes todos os elementos que agradam os fãs da literatura fantástica/mágica, de uma forma consistente, madura e agradável. Não há na literatura brasileira algum livro semelhante à A Batalha do Apocalipse, e Eduardo Spohr mostra que tem muito espaço para os brasileiros nesse segmento da literatura.

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